A minha ideia de perfeita felicidade
Ter tempo para mim e nenhuma preocupação, que inclui dinheiro para viver
regalada e a felicidade absoluta dos meus filhos.
A minha qualidade preferida num homem:
Qualidades, no plural: Inteligência, sentido de humor, amabilidade,
partilha. Hum. Parece-me que estou muito exigente.
A minha característica mais vincada:
A tranquilidade (infelizmente é só aparente).
A característica que mais me desagrada em mim:
Detesto achar sempre que o que faço não chega, nunca chega nem há-de
chegar, embora isso também me empurre e me obrigue a fazer mais.
A figura histórica com que me identifico mais:
São figuras, quantas delas anónimas… Identifico-me sobretudo com as
mulheres que, ao longo do tempo, têm lutado pela equidade de géneros.
Como gostaria de morrer:
De repente ou a dormir. Não gostaria de ver a morte a chegar.
O meu maior medo:
O sofrimentos dos meus filhos. A dor física ou a
doença grave.
A pessoa viva que mais admiro:
A Malala Yousefsay, pelo exemplo que estabelece
para todas as meninas e mulheres deste mundo. E por arrasto o seu pai, cuja
atitude perante as desigualdades e injustiças fez dela quem é.
A minha maior extravagância:
O tempo que roubo para mim e para a escrita. Tomar o
pequeno almoço fora sempre que tenho tempo para isso.
Quando e onde fui mais feliz:
Raramente olho para trás, para reflectir sobre
essas coisas. Seja como for, tenho sido bastante feliz nos últimos anos, aqui
mesmo onde estou.
O talento que mais gostaria de ter:
Cantar, acho. O meu actual talento é saber o mal
que canto e calar-me.
O meu bem mais precioso:
Dois filhos. Sem comparação. O meu bem material
mais importante é o meu computador, onde guardo zelosamente os meus outros
filhos, feitos de letras.
O que mais me desagrada nos outros:
No mundo? Que tantos sejam incapazes de entender
que neste mundo há outras perspectivas que não a sua. As desigualdades. A
opressão, seja em nome de ideais ou religiões. De forma mais directa, a arrogância e a presunção.
Um arrependimento:
Não sou de grandes arrependimentos, mas tenho pena
de não ter reconhecido e agarrado algumas oportunidades quando me surgiram, no princípio da minha vida, não
sei se por medo, preguiça ou ingenuidade.
As palavras ou frases que uso em demasia:
Vamos ver.
Se morresse e voltasse como pessoa ou objecto, seria:
Não quero voltar como coisa nenhuma, quero ficar como uma energia em
todas as coisas… A não ser que me façam alguma mesmo má, nesse caso quero
voltar mesmo como fantasma e ir, no escuro da noite, puxar os pés à pessoa.
Onde gostaria mais de viver:
Sou muito citadina.
A minha ocupação preferida:
Escrever, claro. É pena o pouco tempo que tenho para ela.
Os meus heróis na vida real:
Os que persistem nas condições mais adversas – os que lutam pela saúde,
liberdade, justiça e educação em países onde são raras e é perigoso
defendê-las.
O meu lema:
Há sempre amanhã.
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