Escreve de forma clara, farta e fluente, ao
que não deve ser alheio o facto de ser professora (assim ou ao contrário), pelo
que não me é difícil imaginá-la como timoneira de outros navios, a escola, a
casa, a família.
E Alma Rebelde é o seu primeiro livro, um
livro sobre uma rapariga que viveu num outro tempo ou um livro
sobre o tempo e a sociedade que calhou em sorte a essa mesma mulher.
Ou, como encontrei enquanto pesquisava (sim, eu pesquisei!,
vá, googlei só ), a autora em entrevista ao blog À Lareira Com… a desenhar o livro a traço grosso:
Okay, o que posso dizer que não estrague
a leitura? Que inclui cartas? Que a nossa Joana faz uns quantos quilómetros, de
carruagem e não só, em direção ao seu futuro? Que o Santiago, segundo me dizem,
é uma força da natureza?
E parece-me pouco, porque o livro é isto e
muito mais.
Alma
Rebelde
(romance, 2012, Porto Editora)
Carla M. Soares
Sinopse
No calor das febres que incendeiam a Lisboa
do século XIX, Joana, uma burguesa jovem e demasiado inteligente para o seu
próprio bem, vê o destino traçado num trato comercial entre o pai e o patriarca
de uma família nobre e sem meios.
Contrariada, Joana percorre os quilómetros
até à nova casa, preparando-se para um futuro de obediências e nenhuma
esperança.
Mas Santiago, o noivo, é em tudo diferente do
que esperava. Pouco convencional, vivido e, acima de tudo, livre, depressa
desarma Joana, com promessas de igualdade, respeito e até amor.
Numa atmosfera de sedução incontida e de
aventuras desenham-se os alicerces de um amor imprevisto... Mas será Joana
capaz de confiar neste companheiro inesperado e entregar-se à liberdade com que
sempre sonhou? Ou esconderá o encanto de Santiago um perigo ainda maior?
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