30/10/2014

Outra forma de sonhar

[Sónia Alcaso e a leitura de «Capítulo 41»]

«(...) Rodeados de espanto, dobraram novamente os mapas. Além, de todos os Atlas que já mostravam os Açores, desenhados em datas anteriores às dos Descobrimentos, outros documentos foram encontrados dentro da pasta de Paolo Benevoli: no separador “Corvo” encontraram extensos tectos acerca da Lenda do Cabaleiro, mas também fotografias de estranhas escavações na rocha; a etiqueta relativa a “Terceira” escondia artigos científicos acerca de arte rupestre e outros achados, recheados de fotografias de mais estruturas legendadas como templos; na separata “São Miguel” desvendaram mais fotos de abrigos escavados num cenário claramente costeiro (...)»
in Capítulo 41 - A Redescoberta da Atlântida (pág.227)


Para os amantes dos segredos e mistérios da arqueologia, para quem se deixa fascinar por emoções, pelo incerteza dos desfechos, para quem gosta de se sentir perdido naquelas pistas que se deixam, sadicamente, pela narrativa, para encorajar ou desnortear, para quem se sente fascinado por essas verdejantes nove ilhas no meio do Atlântico, para quem gosta de aventuras estonteantes, de universos inteiros para explorar, para quem simplesmente gosta de ler... chegou a hora da verdade: o «Capítulo 41» é o livro!
E o que se pode desvendar do escritor, do homem? Para aguçar curiosidades, levanta-se apenas a ponta do véu... Pedro Almeida Maia, o escritor, é uma voz viva, enérgica, que manobra, com mestria, a imaginação de quem o lê. Pedro Almeida Maia, o homem, tem o sorriso solto de quem se dá e entrega, com afinco, ao que gosta de fazer – escrever, comunicar, criar mundos que nos abrem, a nós, outras visões do mundo e formas diferentes de sonhar. E tão bom que isso é!  


28/10/2014

O puzzle açoriano

[Carla M. Soares e a leitura de «Capítulo 41»]

«John Mello e o sargento Gomes pasmavam perante dois quebra-cabeças intrigantes: um deles trazido em mão por Eusébio Freitas, que já estava trancado na sala de interrogatório, e o outro que aparecera dentro do saco que supostamente continha o milhão de euros, trocado pelos míseros folhetos com um poema em relevo.

O COROAMENTO DE GONÇALO PURIFICAI
ELE, CUJO ARCAICO ALVITRARA NA LINHAGEM
NO CABRALINO FILAMENTO PERFILHAI
E BEBEI NO SAL ARCANO COM CORAGEM

- Isto dá-me cabo dos cornos! – refilou Gomes – Só me faltava juntar poetas à minha lista de suspeitos. Espera aí… mas qual lista? Não tenho suspeitos. Não tenho absolutamente nada!» 
in Capítulo 41 - A Redescoberta da Atlântida 


Tens um puzzle à tua frente, coisa de muitas peças, mas não tens o desenho final para te guiar quando, aos poucos, as vais juntando, uma a uma. No início da construção, limitas-te a seguir as peças, construir as margens, juntar as partes que de alguma forma se assemelham, na expectativa de mais adiante se fazer luz. A  meio já te atreves a dar um palpite ou outro, sabendo que o fim da construção ainda pode surpreender-te.  Entretanto, vais-te divertindo com as imagens que formas, vais admirando umas, ficas intrigado com outras – mas afinal onde é que isto vai encaixar?

É assim o livro açoriano do açoriano Almeida Maia. Capítulos curtos, ritmo veloz, umas tantas personagens a avançar em muitas frentes com História e lendas, mensagens misteriosas, sudokus, segredos, descobertas e Descobrimentos, elementos que, como num puzzle, têm que ser encaixados uns nos outros. Terroristas, assassinos e polícias, historiadores, mulheres sedutoras, personagens dúbias e as ilhas em fundo… e no meio e ao lado, todo este livro transpira Açores – e são lindos!

Vamos lendo, intrigados com o lugar de cada pequeníssimo capitulo no quadro final. A meia leitura já vislumbramos a ideia, mas continuamos intrigados, porque parece que nos sobram mais peças do que as que tínhamos no início. Persistimos, e eis que a veloz ritmo encaixamos aquela última parte e ela surge, a resposta. E é uma resposta Açoriana… 

26/10/2014

Açoriana Jones e a Atlântida Perdida

[Ana Saragoça e a leitura de «Capítulo 41»]

Fechem os olhos. Ah, Açores. O arquipélago dos sonhos. Verde, vaquinhas e vagas a perder de vista. Retiro solitário de artistas e poetas. 

Já visualizaram? Agora abram os olhos, leiam o livro do Pedro Almeida Maia e despeçam-se de vez dessa imagem idílica. Ou melhor, façam de conta que é tudo o enumerado acima, mas mergulhado num oceano de crime, mistério, sexo e suspense. E humor. Pensem em todos os filmes de aventuras que já viram, todas as séries policiais que acompanharam, todas as bandas desenhadas míticas que leram, e imaginem tudo isso passado em nove ilhas paradisíacas a meio caminho entre a Europa e a América. O título do resultado é Capítulo 41, mas só porque seria difícil escolher entre muitos como: 

Corvo Maltese
Ocean’s Nine
Lei & Ordem & Açúcar de Beterraba
O Anti-Ciclone dos Amores
CSI Ponta Delgada
Nove Ilhas e Meia de Seda
Choque de Fajãs
Gente Feliz aos Tiros


Pela minha parte, da próxima vez que pousar o pé no arquipélago – e espero fazê-lo muito em breve -, ficarei atenta, não vá ser seguida por um Orc regional de capote e capelo…

21/10/2014

20 confissões proustianas do timoneiro de Outubro, Pedro Almeida Maia

A minha ideia de perfeita felicidade:
Ler um bom livro à sombra de uma palmeira, rodeado das pessoas que mais amo, e parar a cada dez minutos para um brinde.

A pessoa viva que mais admiro:
O meu pai. Com ele aprendi que nunca se desiste.

fonte: Wikimedia Commons
A minha maior extravagância:
Ter abdicado do vinil e agora andar a sonhar com um gira-discos.

As ocasiões em que minto:
Aprendi a mentir cada vez menos a mim mesmo.

A minha qualidade preferida numa mulher:
A qualidade que a minha tem.

As palavras ou frases que uso em demasia:
Tenho que arranjar tempo para ver isso.

Quem ou o quê é o grande amor da minha vida:
A minha filha. Sabia que ser pai me mudaria. Não fazia ideia quanto.

Quando e onde fui mais feliz:
Atrevo-me mesmo a dizer que sou feliz aqui e agora.

O talento que mais gostaria de ter:
Adoraria ser um craque em artes marciais.

O que considero o meu maior feito:
Ter tido a coragem de virar a vida ao contrário, quando ela queria virar-se a mim.

Se morresse e voltasse como pessoa ou objecto, seria:
Tinha de voltar como eu próprio, para dar tempo de atingir todos os objectivos a que me propus. Não sei se uma vida chega.

Londres / Fonte: Wikimedia Commons
Onde gostaria mais de viver:
Tenho uma paixão por Londres. Não sei explicar.

O meu bem mais precioso:
A família. E não só os laços de sangue.

O que é para mim atingir o fundo:
Já estive lá. É não saber que se atingiu o fundo.

A minha ocupação preferida:
Escrever. E tem ocupado cada vez mais do meu tempo, tal como ambicionei.

A minha característica mais vincada:
Diria que é a minha persistência.

O que valorizo mais nos meus amigos:
O tempo que ainda conseguimos passar juntos.

Os meus heróis na vida real:
Os professores. Como é que se constrói uma nação?

Como gostaria de morrer:
Durante o sono, mas que me congelassem depois. Gostava de ver o futuro.

O meu lema:
A minha musa é o trabalho.

19/10/2014

Um lugar imaginário

[Cristina Drios e a leitura de «Capírulo 41»]

«Quando se fala em Atlântida, associa-se logo a mito! (...) Procurem numa enciclopédia: é uma lenda! Procurem na internet: é uma alegoria! Procurem um livro no catálogo de uma biblioteca: está na mesma secção do monstro de Loch Ness, dos duendes, gnomos e ajudantes do Pai Natal.»
in Capítulo 41 – A Redescoberta da Atlântida (pág. 286)


Onde ficava afinal a Atlântida? Nos Açores? Nas Canárias? Nas Cíclades? Existiu sequer? Na verdade, é-me indiferente. Alberto Manguel contempla-a no seu “Dicionário dos Lugares Imaginários” porque a Atlântida é, antes de mais, um imaginário e nada me importa menos, no caso, do que a dicotomia burocrática entre realidade e lenda.

Na adolescência, época em que me dediquei com afinco a todo o género de leituras, mais ou menos científicas, mais ou menos especulativas, sobre os Grandes Mistérios da Humanidade: da Atlântida ao Túmulo de Tutankamon, da Ilha da Páscoa a Marte, Plutão e aos confins do Universo, nasceu esse imaginário. Por essa altura, ancorou-se em mim, a quem os desertos fascinam, no Saara, com a leitura do romance de Pierre Benoît.

O «Capítulo 41 – A Redescoberta da Atlântida» de Pedro Almeida Maia trouxe-me a melancolia dessas leituras longínquas, desgarradas e anárquicas, sempre sôfregas. É bom saber que os lugares imaginários nunca morrem em nós e que se (re)visitam com a facilidade de um salto mental.

mapa do Império da Atlântida, em «Atlantis: the antediluvian world» (1882),
de Ignatius Donelly
fonte: Wikipedia Commons


16/10/2014

O nosso Homem da Atlântida

[Ana Saragoça traça o perfil de Pedro Almeida Maia]

Grata e ingrata a tarefa, a de traçar o perfil do nosso marujo mais ocidental. Grata porque já tive o prazer de o conhecer e gostei muito dele; ingrata porque, ao contrários dos outros marujos, sempre a bem dizer aqui à mão de semear, o Pedro ainda só uma vez honrou presencialmente os nossos encontros, embora seja participante activo no convés da nossa NAU. Grata porque habita fisicamente no território onde moram os meus sonhos; ingrata porque a dimensão do seu perfil não pode reduzir-se a esse exotismo fácil.

No nosso primeiro e único encontro, senti com ele a empatia que já me tinha ligado aos outros autores da NAU. Éramos amigos, só ainda não nos tínhamos conhecido.

O Pedro tem um sorriso luminoso que casa perfeitamente com a luminosidade das mensagens que troca connosco. Nasceu em 1979, em Ponta Delgada, onde cresceu, ingressou na universidade, desingressou, e, na curva dos trinta, deu largas à escrita: crónica, conto, novela, romance, literatura infantil, de tudo fez e faz. Apesar de viajado, sempre acreditou que podia vingar no seu país e na terra onde cresceu, mas cada vez mais sente que estar longe da força centrípeta de Lisboa e insistir em ser português em Portugal são desafios difíceis e muitas vezes desencorajantes.

A vida, como a literatura, faz-se de rascunhos sucessivos, de cada um aproveitando o melhor. Por isso voltou aos estudos, desta vez em Psicologia. O melhor do seu rascunho amoroso foi a filha de 9 anos, a que passou para a folha limpa cuja escrita empreende agora com a também luminosa Cristina. Escreveu livros e fez uma filha; ignoro se plantou alguma árvore. Mas, depois de o conhecer, acredito que, se o fez, ela sobressairá até na luxuriante verdura micaelense. Porquê? Porque é jovem, talentoso e transpira força interior. E porque quem chega a um primeiro encontro com colegas escritores tresandando ao cheiro dos queijos deliciosos que carinhosamente lhes trouxe só pode ter uma auto-confiança invejável.

14/10/2014

Um livro com chão e mar

[Raquel Serejo Martins e a leitura de «Capítulo 41»]

«Fausto Mello Sardinha , o terceirense de cabelos grisalhos nascido no ano de sessenta, caminhava pela Alameda do Mar de mãos dadas com a companheira, oito primaveras mais nova. Marília Bettencourt deixava que o cheiro da maresia lhe conquistasse os sentidos, que a brisa lhe remexesse os cabelos castanho-claros e que a paisagem banhasse os olhos alegres e vivos, enquanto o terceirense corroía-se de inquietação.
- Até gosto de morar aqui, mas sinto falta da minha Angra. Não tens saudades da Horta?
- Deixa-te de coisas, Fausto! Por mais que goste do meu ninho, já precisava de uma experiência diferente. Este mundo é tão grande, cheio de coisas para ver…»
in Capítulo 41 - A Redescoberta da Atlântida (pág. 21)


O livro é um policial, se eu fosse italiana diria tratar-se de un libro giallo (um livro amarelo, ficaram curiosos?) e, porque é um policial, não vou ser desmancha-prazeres (sou exímia a guardar segredos) e não vou falar da intriga, da acção, do enredo, da história, da estória, do assassinato do professor universitário Paolo Benevoli, responsável pela investigação, com carácter secreto e confidencial, da localização da Atlântida, da seita Free the Landscape of Atlantis, das recentes evidências arqueológicas sobre a passagem pelos Açores de navegadores prévios aos navegadores portugueses e da correspondente polémica, do Sargento Gomes, dos irmãos John Ricardo Mello e Fausto Sardinha Mello, do estilo veloz da narrativa que imprime velocidade à leitura, o suspense bem doseado, dos diálogos, do ambiente de conspiração, da cadência da acção, da sequência de imagens e dos planos bem gizados, tanto que dizê-lo cinematográfico lhe assenta bem, eu fiz o filme.

Não vou falar da estória mas vou falar do lugar da estória, dos Açores onde tudo acontece, apesar de eu, do arquipélago, das nove ilhas só conhecer São Miguel, o que deve ser como de um corpo inteiro só conhecer uma perna, um pé, um ombro, pouco mais do que um nariz, e mesmo assim eu apaixonada pelo Açores, onde os meus pés assentaram tão bem no chão, e o autor fez isso, sem bilhete de avião, que não é barato, diga-se de passagem, levou-me para a sua ilha e foi bom, muito bom, talvez porque também eu nasci numa ilha, Trás-os-Montes era uma ilha apesar de outro o verde e sem o azul das hortênsias.

visto sobre a cidade e baía da Horta
fotografia: Paulo M. Morais

12/10/2014

a redescoberta dos "produtos" açorianos

[Paulo M. Morais e a leitura do «Capítulo 41»]

«- Os produtos regionais aqui tão perto e andam p'ra aí a servir o que vem de fora! Mesmo deveras... era taponas! E as pessoas também têm culpa, se pedissem sempre o que é regional, acabava por se vender mais! O consumidor é que manda, senhora!»
in «Capítulo 41 - A Redescoberta da Atlântida»


Tive a felicidade de deslocar-me aos Açores, em trabalho, durante quatro anos consecutivos. Do somatório de tempo que lá estive, posso dizer que conheço oito ilhas entre o muito bem, o bem e o razoável, apesar de ter efectuado as viagens sempre no Inverno, muitas vezes com condições atmosféricas complicadas para quem precisa de apreciar paisagens, percorrer trilhos, visitar localidades. Falta-me o Corvo, entre outras espinhas atravessadas na garganta (como a escalada ao topo do Pico), mas mantenho a esperança de um dia aportar naquela ilha com cerca de 400 habitantes.

Fábrica de Queijadas da Graciosa
Foto: Paulo M. Morais
Uma das experiências mais gratificantes nas estadias açorianas foi o contacto com a gastronomia local. Melhor dizendo, com os produtos locais. A riqueza de sabores vai muito além dos por demais conhecidos Cozido das Furnas, chás de Porto Formoso e Gorreana, Queijo da Ilha de São Jorge, ou Ananás de São Miguel. Há o leite e a manteiga, claro, bastante difundidos em Portugal Continental. Mas o meu menu açoriano inclui ainda o queijo fresco com pimenta-da-terra, o polvo guisado com vinho de cheiro, as lapas de Molho Afonso, as queijadas da Graciosa (...comidas na fábrica), o inhame com linguiça, as amêijoas da Caldeira de Santo Cristo, as fofas do Faial, o café da Fajã dos Vimes, o bolo lêvedo, o queijo do Pico, os vinhos da casta verdelho, a alcatra de carne ou de peixe, os bolos Dona Amélia, as queijadas de Vila Franca do Campo, os bifes de vaca ou de tubarão...

Nos Açores privilegiei a comida local, como acontece quando viajo. Nas vezes em que fiquei insatisfeito com a escolha, a falha esteve na falta de respeito pela frescura e qualidade do produto. [Em Portugal, seja Continental ou Ilhas, existe a tendência de cozinhar demasiado os alimentos.] É verdade que alguns destes produtos já estão disponíveis nos supermercados do território continental. Mas acreditem que lá, naquele arquipélago de deslumbres, o sabor é incomparavelmente superior. Pela questão da frescura, claro; mas também pode ser influência da magia intrínseca dos Açores que contagia os visitantes...

E agora, que já abri o apetite, pergunto o que em tempos perguntei num texto do meu blogue: E se um dia os leitores passassem a privilegiar a leitura de autores portugueses? Que aconteceria nesse momento ao nosso mercado editorial? Duma coisa estou certo: actualmente, há escritores nacionais em quantidade e qualidade em qualquer dos géneros literários. E se são desconhecidos, pois é por estarem na sombra dos grandes nomes internacionais que tudo ofuscam.

A viagem que fiz com o livro do Pedro Almeida Maia entusiasmou-me e atiçou-me as saudades dos cenários extraordinários onde se desenrola a aventura do «Capítulo 41». Já há uns anos que não vou àquela "Atlântida", quase a meio caminho entre dois continentes. Agradeço-te, Pedro, pela lembrança. Por isso, assim que possa, vou tentar regressar a essa minha segunda casa e visitar-te. Preparas a mesa, no intervalo de escreveres novos livros?

Alcatra de peixe, na ilha Terceira
Fotografia: Paulo M. Morais

09/10/2014

livro do mês: Capítulo 41 - A Redescoberta da Atlântida

No balanço do romance português em 2013, Miguel Real escreveu assim no Jornal de Letras:

"Nos Açores, sobressai a continuidade de estilo e de tema nos nos novos romances de Pedro Almeida Maia, Capitulo 41 - A Redescoberta da Atlântida, e Paula de Sousa Lima (...), autores cuja arte de escrita abre novos horizontes ao romance açoriano, especialmente, sobretudo o primeiro autor, na superação do labirinto de tristeza, saudade e melancolia de que a literatura açoriana tem vivido."

Que mais dizer? Abram-se alas para o nosso marujo açoriano que assume o papel de timoneiro em Outubro, com o seu «Capítulo 41» a ser o livro do mês. Mergulhai, boa gente, mergulhai nesta saga açoriana.



Capítulo 41 - A Redescoberta da Atlântida 

(romance, 2013, Letras Lavadas Edições)
de Pedro Almeida Maia 

sinopse
O professor universitário Paolo Benevoli, que lidera uma secreta investigação da localização da Atlântida, é assassinado, tal como o seu assistente, log
o após ser encontrada uma lápide com uma mensagem extremista no átrio do Palácio de Sant’Ana. A seita "Free the Landscape of Atlantis" ameaça pôr a descoberto achados arqueológicos chocantes que podem obrigar a reescrever toda a História. Será que outros povos já conheciam os Açores antes da chegada dos navegadores portugueses? Poderão ter deixado provas da sua passagem? As nove ilhas de bruma podem ser o que resta da Atlântida perdida? Que segredos esconderá o fundo oceânico do Atlântico? O alarme dispara! Movimentam-se autoridades políticas, civis, policiais e militares; accionam-se meios terrestres, marítimos e aéreos; Judiciária, GNR e Interpol unem forças; snipers assumem posições, tropas apertam o cerco; jornalistas ligam as câmaras, testam os microfones... e o mundo sustém a respiração para assistir a um tumulto nunca antes visto nas pacatas ilhas.
Nesta história surpreendente do autor galardoado de “Bom Tempo no Canal - A Conspiração da Energia”, desfilam descobertas arqueológicas recentes que reacendem a polémica da passagem de outros navegadores pelos Açores antes dos portugueses e temas controversos que lançam o debate à ribalta.

07/10/2014

Viajou o timoneiro Paulo M.Morais


Depois de um mês no estaleiro retomamos lentamente e a meio gás, no meio de muita agitação profissional e familiar em quase todos os portos, a viagem do Colectivo NAU com «Revolução Paraíso». 

perfil do autor Paulo M. Morais, o timoneiro de Setembro, escreveu-o Cristina Drios. Dedicamo-nos depois a cruzadas revolucionárias, e Raquel Serejo Martins colocou este livro Entre o Ramalhão e a Revolução, Ana Saragoça falou Do Infinito Consolo das (Mulheres de) Letras, Pedro Almeida Maia recordou Um Outro Lado da Revolução, o Paulo confessou-se,  Carla M. Soares andou entre Paredes, Orgãos de Cópula e Sotãos e Sónia Alcaso iniciou Uma Viagem pela Incerteza


Ao timoneiro agradecemos um belo regresso às navegações, depois de um mês que não chegou para reparar os motores e encher os tanques!